Os polícias vão falar em tribunal como obtiveram a confissão do alegado homicida de Carlos Castro. O advogado de Renato Seabra vai anunciar, em Junho, se recorre à "defesa psiquiátrica".
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O juiz quer que os detectives da Polícia de Nova Iorque, que extraíram a confissão de Renato Seabra, expliquem em tribunal como o fizeram.
Renato Seabra compareceu, esta sexta-feira, novamente no Supremo Tribunal de Nova Iorque para uma audiência preliminar.
O juiz não deu provimento a um pedido da defesa para considerar nula a acusação em comité de jurados, mas decidiu-se por uma audiência separada para ouvir os detectives.
David Touger, advogado de Seabra, quer provar que as declarações do cliente foram feitas de forma legal. Ou seja, que Renato Seabra falou depois de consciente e voluntariamente prescindir do direito de ter um advogado presente.
O advogado duvida que o modelo português tenha entendido os direitos que lhe foram lidos, porque, apesar da presença de um tradutor, não é garantido que ele os tenha retido.
A defesa diz estar confiante numa anulação da confissão, tendo em conta o estado mental do alegado homicida de Carlos Castro e que a língua portuguesa «ter diferentes dialectos».
O advogado de defesa de Renato Seabra vai ainda pedir que o jovem português saia da prisão de Rikers Island e que regresse ao hospital, se o acompanhamento médico for deficiente.
O juiz marcou a próxima sessão para 3 de Junho e, nessa altura, a defesa deverá anunciar se vai recorrer à chamada "defesa psiquiátrica", que pode significar uma pena mais reduzida para o jovem português, acusado de homicídio em segundo grau, com uma pena que pode ir de 25 anos a prisão perpétua.