O Museu das Marionetas abre no domingo, no Porto, expondo os personagens que deram vida a 25 anos da Companhia de Teatro de Marionetas do Porto e cumprindo um sonho do seu fundador, João Paulo Seara Cardoso.
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Quem vai abrir as portas do museu, que ocupa três pisos de um renovado edifício na histórica rua das Flores, é Isabel Barros, viúva de João Paulo Seara Cardoso, o criador e diretor artístico da companhia, falecido em 2010 por doença.
Isabel Barros, que como coreógrafa e diretora do Ballet Teatro sempre foi parceira de aventuras artísticas com o marido, é agora a diretora da Companhia de Teatro das Marionetas do Porto, que está comemorar os 25 anos, com um programa que tem na abertura deste museu o seu momento mais ambicioso.
«O museu resume-se a um sonho que o João Paulo tinha de partilhar o espólio da companhia, de todas as criações que foram feitas ao longo de 25 anos, com ele durante 23 anos», resume Isabel Barros.
Isabel Barros lembra que «o espaço alugado há 10 anos» por João Paulo «estava completamente a cair e que precisou de obras muito profundas, com uma intervenção do arquiteto João Gigante». Esse foi «um esforço feito inteiramente à custa da companhia e de esforço pessoal, sem apoios, que esperemos que cheguem depois do museu estar aberto», afirma a coreógrafa.
Para os muitos espetadores que aprenderam a apreciar as peças da companhia do Teatro de Belmonte, bem ali ao pé, vai ser uma oportunidade para um reencontro diferente com os personagens, porque o objetivo, segundo Isabel Barros «é trabalhar a proximidade com as marionetas que não estão fechadas, apelando ao toque e a uma visita muito dinâmica, onde nós podemos explicar técnicas de manipulação».
O museu deverá mudar os bonecos expostos duas a três vezes por ano, «numa relação sempre dinâmica entre a companhia e o museu» e que já tem o trabalho de visitas para escolas a funcionar.