Dois jovens foram hoje detidos pela PSP, junto à estação de Metro da Trindade, no Porto, depois de a polícia, segundo testemunhas, ter feito um «cerco» a um grupo de manifestantes.
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Em declarações à agência Lusa, o manifestante Ricardo Gomes, testemunha dos factos, explicou que, à saída da manifestação, em frente à Estação da Trindade, um conjunto de pessoas foi intercetado por um polícia, para as identificar.
«Quando dou por mim, estavam cerca de 20 pessoas cercadas por um cordão policial, e nós a perguntar o que é que nós fizemos. Depois do cerco, as pessoas que vinham a passar começaram a parar à volta, a gritar o que é que se passa e a solidarizar-se connosco», relatou.
Segundo Ricardo Gomes, «houve um momento em que detiveram duas pessoas, e arrastaram-nas para dentro da carrinha do corpo de intervenção».
«Acho que aí a maioria das pessoas não aguentou, e começou tudo a unir-se e a empurrar a polícia e a gritar para eles se irem embora. A polícia saiu, entretanto. Ainda levei um pontapé de um, mas não se passou assim mais nada», disse, garantindo que não houve confrontos físicos.
De acordo com o oficial de serviço da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto, em declarações à agência Lusa, houve «alguns incidentes» durante a manifestação, referindo-se a um «grupo de indivíduos, identificado e monitorizado pela polícia, que estava a danificar bancos e monumentos com balões de tinta» e que veio a ser «intercetado» no final do protesto, sendo «conduzido» para identificação.
Depois de identificados, «os indivíduos vão seguir o seu destino», acrescentou a mesma fonte da PSP, que realçou terem sido apreendidas «várias dezenas de balões de tinta».
Os jovens detidos, que integram um grupo denominado "Ritmos de Resistência", foram levados para uma esquadra na zona das Antas, local para onde o restante grupo neste momento se está a deslocar.