Para além dos livros, o pavilhão português vai também vai ser montra de outras marcas da cultura nacional.
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Portugal é o país convidado do maior acontecimento cultural da Colômbia. A FILBo 2013 abre hoje portas e vai dar especial destaque à literatura, à música, à arquitectura e à gastronomia portuguesas
Visitada por meio milhão de pessoas, a Feria do Livro de Bogotá, que decorre na capital colombiana até 1 de Maio, é também uma oportunidade para mostrar Portugal a outros países da América Latina e não só.
O isco vai ser lançado num pavilhão com 3 mil metros quadrados onde se destacam alguns dos nomes nacionais mais marcantes na área das letras.
A presença portuguesa conta com mais de 100 iniciativas e a distribuição gratuita de 20 mil exemplares de duas antologias e autores lusófonos:«Quilas, mástiles y velas», cujo tema é o mar, e inclui textos, entre outros, de Fernando Pessoa e Raul Brandão, e «Cartas de tres oceanos, 1499-1575», cuja temática é a literatura de viagens, inclui autores como Samudri de Calicut e Fernão Mendes Pinto.
A programação portuguesa, que se alarga a espaços fora da FILBo como as universidades dos Andes e a de Rosario, inclui ainda sete espetáculos, 60 debates, sessões de cinema e nove exposições, além dos lançamentos de livros.
O pavilhão português foi projetado pelo arquiteto Ricardo Paulino e integra as exposições «Lisbon Ground», que representou Portugal na Bienal de Veneza do ano passado, «Como as cerejas» que foi criada para a Feira de Bolonha, também em 2012, e ainda «Portugal se presenta».
O espaço nacional inclui uma livraria com obras em português e em espanhol, um espaço infanto-juvenil inspirado na obra «Mar», de André Letria e Ricardo Henriques, uma área gastronómica e uma exposição móvel de Afonso Cruz.
À FILBo deslocam-se 23 escritores de língua portuguesa, entre os quais, Francisco José Viegas, Gastão Cruz, Dulce Maria Cardoso, Mia Couto, Vasco Graça Moura, José Eduardo Agualusa e Teolinda Gersão.
«Desde mi idioma se ve el mar», uma frase de Vergílio Ferreira, é o mote da presença portuguesa que representa um investimento global de 1,875 milhões de euros, e é comissariada pelo especialista na obra de Fernando Pessoa, Jerónimo Pizarro.