Este galardão no valor de um milhão de euros foi atribuído ao Nepal Netra Jyoti Sang, ao Tilganga Institute of Opthalmology, ao Eastern Regional Eye Care Programme e ao Lumbini Eye.
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O prémio António Champalimaud de Visão 2013 distinguiu quatro organizações não governamentais do Nepal pelo seu trabalho humanitário e clínico na área da oftalmologia, que receberam um total de um milhão de euros.
A Nepal Netra Jyoti Sang, o Tilganga Institute of Opthalmology, o Eastern Regional Eye Care Programme e o Lumbini Eye Institute têm ajudado a combater as doenças oculares num país em que os problemas de visão e cegueira são uma catástrofe social.
Criado em 1983, o Eastern Regional Eye Care Programme trata anualmente perto de 500 mil pessoas e realiza cerca de cem mil cirurgias em dois hospitais e 11 clínicas oftalmológicas da zona leste do Nepal.
«Preços baixos, qualidade nos cuidados prestados e muito trabalho» são, segundo o diretor do programa, Sinjay Singh, as razões do sucesso deste projeto.
Para além de cidadãos nepaleses, os 500 profissionais que trabalham neste programa, dos quais 30 são oftalmologistas, tratam também indianos com vários tipos de patologias.
«As cataratas ainda são a principal causa de cegueira no Nepal, seguido do glaucoma, doenças de retina e cegueira do córnea», acrescentou Sinjay Singh.
Reagindo a este galardão, o diretor do Eastern Regional Eye Care Programme considerou que o reconhecimento da Fundação Champalimaud não podia ser mais bem vindo e que os 250 mil euros que o programa vai receber já têm destino.
«Foi uma surpresa muito agradável para nós receber este prémio. As nossas causas de cegueira estão relacionadas com glaucoma e com as doenças da retina e da córnea. Precisamos de novos instrumentos e equipamentos para lidar com estes problemas», adiantou.
O Eastern Regional Eye Care Programme, que quer melhorar o apoio prestado a milhares de pessoas, adapta os preços aos rendimentos dos doentes.
«Fazemos cirurgias às cataratas aos mais pobres por sete euros, mas os custos são diferentes para os mais ricos. Os custos da mesma cirurgia para os ricos são 70 euros. Assim recebemos o dinheiro dos ricos e subsidiamos o tratamento dos pobres», concluiu.