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Kazuo Hirai falou pela primeira vez sobre o ataque que os famosos estúdios de Hollywood sofreram em novembro. O presidente da Sony agradeceu a quem levantou a voz contra o sucedido.
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O presidente da Sony, Kazuo Hirai, falou hoje pela primeira vez sobre o ataque informático atribuído à Coreia do Norte. Hirai classificou-o como um ato «cruel» e «mesquinho».
A reacção de Kazuo Hirai foi conhecida durante a visita à CES, uma das maiores feiras na área das novas tecnologias.
«Tanto os antigos funcionários da Sony Pictures Entertainment como os atuais foram, infelizmente, vítimas de um dos ataques mais cruéis e mesquinhos na história recente» afirmou o executivo durante uma conferência de imprensa da Sony no certame que decorre em Las Vegas.
Hirai agradeceu a todos os que se manifestaram contra aqueles que procuram extorquir a Sony recorrendo a hackers, que qualificou de «criminosos», sem nunca mencionar a sua origem ou as suas ligações à Coreia do Norte.
O ataque à Sony ocorreu no passado mês de novembro e expôs informações pessoais de milhares de atuais e antigos trabalhadores do estúdio de cinema e derivou num ultimato de forma a evitar a estreia do filme "The Interview".
O filme é uma comédia que relata um plano para matar o líder norte-coreano Kim Jong-un.
A transmissão da película chegou a ser, num primeiro momento, cancelada, mas "The Interview" acabou depois por ser exibido no final do ano passado.
«A liberdade de expressão e de associação são valores muito importantes para a Sony e para o negócio do entretenimento», declarou Kazuo Hirai.
Uma investigação do FBI concluiu que o ataque foi orquestrado a partir da Coreia do Norte, onde o filme foi classificado como um ato de guerra, mas onde foi negada qualquer participação no ataque informático à Sony.