Problema de saúde pública com massagens apenas colocado este ano, diz concessionário

O concessionário de duas praias do Algarve que tinham massagens até 2007 explicou que as preocupações relativas a estas massagens só chegaram este ano.

Ouvido pela TSF, António Quina explicou que foi pedida uma autorização para a realização das massagens na praia da Comporta e que esta veio indeferida «com a justificação de que poderia pôr em causa a saúde pública».

Este concessionário adiantou ainda que a autorização indeferida remetia para a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional um eventual pedido de licenciamento extraordinário.

Entretanto, o Sindicato dos Massagistas de Recuperação esclareceu que apenas a massagem estética está regulamentada e que as restantes formas de massagem podem ser feitas por qualquer um.

«Ao não estar regulamentada não podemos dizer que está legal ou ilegal. Como em qualquer pais em que as coisas não estão regulamentadas todas as pessoas podem praticar, como é óbvio», acrescentou Maria de Jesus.

Em declarações à TSF, esta sindicalista e coordenadora de cursos de massagem de recuperação terapêutica considerou ainda que a praia não é o melhor local para as massagens.

Maria de Jesus adiantou que estes locais não são convenientes para massagens de relaxamento porque não existe uma sala, silêncio ou a música adequados, ou seja, um espaço harmonioso para esta prática.

Questionada sobre se as massagens feitas na praia podem pôr em causa a saúde pública, Maria de Jesus considerou que esse perigo raramente se poderá pôr.

«Pode haver pessoas que vão fazer uma massagem e que haja alguma contra-indicação para receber essa massagem. Se for feita por profissionais que não estejam devidamente habilitados ou que não saibam fazer a massagem pode-se efectivamente alterar algum sistema», concluiu.