Os produtores de fruta e hortícolas estão preocupados com os efeitos da chuva nas plantações. No caso do tomate, por exemplo, 50 por cento da produção está já comprometida.
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Os produtores hortofrutícolas estão preocupados com a chuva que tem caído e que pode comprometer a produção, sobretudo do tomate. Podem estar em causa milhões de euros.
A campanha já devia ter começado mas com os campos alagados, há já um atraso significativo na plantação, sendo o Ribatejo é a região mais afectada.
Por isso, Miguel Cambezes, da Associação de Industriais de Tomate, já pediu ao ministro da Agricultura que prolongue o prazo dos seguros de colheita até 15 de Outubro.
«Há um atraso significativo na campanha, havendo um atraso na plantação haverá seguramente um atraso significativo na apanha e o que isso pode implicar em termos de abastecimento às fábricas e manutenção do nível produtivo, diria que acompanhamos a questão com muito preocupação», explicou.
«Por isso, fizemos saber ao senhor ministro que necessário se torna prorrogar os prazos dos seguros de colheita para que os produtores possam plantar diminuindo o risco de encontrarem no momento da plantação condições climatéricas igualmente adversas», referiu Miguel Cambezes.
Os seguros devem ser prolongados e alterados é também este o pedido de Gonçalo Escudeiro, director da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Fruta e Hortícolas.
Gonçalo Escudeiro referiu ainda que podem estar em causa, para além do tomate, outras produções de regadio.
«Estamos a falar de tomate de indústria que tem uma expressão muito grande no Ribatejo e Alentejo. O mesmo acontece com o milho, melão, melancia, pimentos. Portanto, a situação está extremamente preocupante para todas as áreas de regadio e isto provoca prejuízos muito elevados», alertou.
«Por exemplo, em relação ao tomate estamos com 50 por cento de campanha comprometida, o que significa cerca de 45 milhões de euros», exemplificou Gonçalo Escudeiro.