
Saúde
dr
O projeto espanhol de investigação "Mind" sobre Alzheimer permitiu o desenvolvimento de ferramentas para o diagnóstico precoce, controlo da evolução da doença e fabrico de novos fármacos mediante técnicas de medicina nuclear.
Corpo do artigo
A conclusão foi divulgada esta sexta-feira na apresentação dos resultados do projeto, que há quatro anos começou a ser desenvolvido por um consórcio público-privado, em Valência, nordeste de Espanha.
O projeto "Mind", que avança no diagnóstico precoce, na melhoria do prognóstico e na otimização terapêutica dos doentes com Alzheimer, gerou 41 empregos diretos e permitiu obter dez novos produtos, assim como quatro novas licenças comerciais e 14 patentes.
Esta iniciativa permitiu desenvolver ferramentas de diagnóstico por imagem para o diagnóstico precoce e controlo da evolução da doença, identificar alguns biomarcadores prometedores para o diagnóstico de Alzheimer esporádico e realizar estudos iniciais com novos medicamentos.
Segundo o representante do grupo privado envolvido no projeto, Vicente Saus, conseguiu-se obter uma visão global sobre todas as áreas relacionadas com o estudo de Alzheimer, permitindo dar um passo definitivo na investigação e na inovação dos tratamentos, assim como na melhoria da qualidade de vida dos doentes e familiares.
Por sua vez, o especialista em Radiologia Vicente Belloch realçou que o projeto "Mind" implicou «um grande esforço de empresas de diferente natureza que procuraram soluções para a complexa problemática da doença de Alzheimer».
Para levar a cabo este projeto, que começou em 2008, criou-se um consórcio de 12 empresas e envolveram-se diferentes centros de investigação, universidades e hospitais.
O Alzheimer é uma doença do cérebro (morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes.
A causa da doença de Alzheimer ainda não está determinada, mas é aceite pela comunidade científica que se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não necessariamente hereditária.