O presidente do Automóvel Club de Portugal não ficou satisfeito com as propostas relativas a taxa do carbono e à taxa de congestionamento. O regresso dos incentivos ao abate de automóvel recebem a aprovação do ACP e da ACAP.
Corpo do artigo
O Automóvel Club de Portugal considerou que as propostas apresentadas pela Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde «não têm pés nem cabeça».
«O povo português não tem outra solução senão transportar-se em carro próprio porque os transportes públicos são maus em todo o país», sublinhou Carlos Barbosa.
Em declarações à TSF, o presidente do ACP considerou ainda que a maior parte das propostas apresentadas, como a taxa de carbono, «são uma brincadeira pegada».
«Vai obviamente prejudicar enormemente a economia sobretudo os carros a diesel, porque, segundo esta fórmula, são aqueles vão receber maior aumento», acrescentou.
Carlos Barbosa, que lembrou que Portugal não é um país de ciclistas, entende ainda que a «taxa de congestionamento é de chorar a rir, porque as cidades que já a adotaram estão a desistir completamente delas, porque não funcionaram».
Por seu lado, o presidente da Associação de Comércio Automóvel saúda o regresso dos incentivos ao abate de carros antigos, uma ideia que também conta com a aprovação do ACP.
Também ouvido pela TSF, Hélder Pedro explicou que a proposta é «extensível a todos os veículos embora com discriminação positiva para os elétricos, híbridos e GPL», apesar das limitações.
Hélder Pedro saudou o princípio que aparece nesta proposta e considerou que a Comissão foi sensível aos argumentos da ACAP de que o parque automóvel de ligeiros de passageiros com idade média de 12 anos envelheceu nos últimos anos.