PRP quer alteração de comportamentos nos jovens para a condução

O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa acredita que as campanhas de prevenção não vão mudar o facto de os jovens serem as grandes vítimas dos acidentes nas estradas de Portugal.

Em declarações à TSF, José Miguel Trigoso entende que é necessária uma «alteração substancial de comportamentos dos jovens» para que percebam que não são imortais.

José Miguel Trigoso considera também que são necessárias mudanças na maneira como o ensino da condução é feito em Portugal para que possa haver mais quilómetros de experiência antes da atribuição da carta de condução.

Este dirigente da PRP quer uma «educação rodoviária que leve à construção de atitudes gerais pelos utentes» e pretende que possa ser evitada a «condução em determinadas situações de risco», como já defendem certos estudos.

De acordo com José Miguel Trigoso, estes estudos defendem ainda que a formação para a condução até deveria começar entre os 16 e os 17 anos e não aos 18 anos como atualmente se faz.

Antes dos 18 anos, lembra o presidente da PRP, há uma «maior influência do poder paternal» sobre o jovem, o que «possibilita a formação acompanhada por um tutor, que pode ser um pai ou um tio».

José Miguel Trigoso explicou que desta forma o jovem poderia conduzir «milhares de quilómetros» acompanhado antes de o poder fazer de forma independente.