A PSP de Lisboa está a investigar grupos de imigrantes de Leste que se organizam para assaltar casas com métodos sofisticados e capacidade técnica nunca vistos em Portugal.
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Só na Grande Lisboa já foram identificados pelos menos meio milhar de assaltantes, numa região onde os casos de furto a residências aumentaram 13 por cento nos primeiros seis meses do ano.
São centenas de pessoas distribuídas por vários grupos organizados e que se dedicam com aprumo e treino ao assalto de habitaçoes.
Têm anos de experiência, capacidade técnica fora do comum e utilizam métodos sofisticados. A PSP de Lisboa está a investigar o aumento do número de assaltos a residências e descobriu que por trás do aumento destes casos estão gangues organizados de imigrantes de Leste.
De acordo com o DN, repartem-se por vários grupos, mas têm uma ligação comum ao estilo da máfia.
No terreno, agem como um pequeno exército que efetua exercícios de treino em garagens, oficinas, barracões ou locais ermos nos arredores de Lisboa.
Levam chaves falsas, portas e fechaduras para apurarem o método de entrar numa habitação sem terem que recorrer a violência. Os assaltos são depois rápidos e sem marcas de vestígios. As autoridades falam mesmo em métodos sofisticados que os portugueses não usam nem sabem usar.
Os números mostram que os assaltos a casas na Grande Lisboa aumentaram 13 por cento no primeiro semestre do ano, o que dá uma média de oito furtos por dia.
A Divisão de Investigação criminal da PSP de Lisboa está a comandar a investigação e o responsável não esconde a preocupação com esta nova realidade. Prova disso, o facto de terem distribuído por todas as esquadras uma lista com nomes, fotografias e dados pessoais destes assaltantes. Roménia, Geórgia e Eslováquia são alguns dos países de origem destes operacionais.