Os suecos Refused protagonizaram o primeiro grande momento do festival Optimus Alive, em Algés, recordando os tempos em que eram miúdos e faziam canções punk hardcore contra o capitalismo.
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Os Refused vivem uma segunda vida, depois de 14 anos separados, e na estreia em Portugal fizeram questão de agradecer aos espetadores que pagaram bilhete para estar no festival.
«Sei que a economia portuguesa não está muito bem; obrigada por terem comprado bilhete e terem vindo», disse o vocalista Denis Lyxzén.
O grupo punk hardcore, formado em 1991, interpretou "Summerholidays vs. Punkroutine" ou "Refused are fucking dead", e elogiou a plateia que tinha em frente.
«Quando éramos miúdos escrevemos canções sobre revoluções e sobre o capitalismo. Agora o capitalismo está a fundar-se», disse o vocalista.
No momento em que estavam em palco, milhares de festivaleiros vagueavam pelo recinto, alguns nas filas para trocar os bilhetes por pulseiras, outros a improvisar piqueniques nos degraus dos passeios ou mesmo em cima do alcatrão.
A organização previa a presença nesta edição de mais espetadores estrangeiros e isso nota-se no recinto, sobretudo ingleses e espanhóis.
Nos dois outros palcos no Passeio Marítimo de Algés, o da música eletrónica esteve quase sempre cheio, durante as atuações de Aeroplane e Logo.
No palco Heineken, destacou-se a atuação dos portugueses Parkinsons, com o vocalista Afonso Pinto a praticar a cartilha punk rock e a vaguear no meio do público pedindo saltos e aplausos.
Miúda, projeto de Pedro Puppe para a voz da estreante Mel do Monte, tiveram o primeiro concerto de festival de verão, mas a vocalista mostrou algumas fragilidades na voz, embora não tenha esquecido o sucesso "Com quem eu quero".
O festival Optimus Alive começou hoje e termina no domingo.
Hoje os cabeças-de-cartaz são os britânicos The Stone Roses, mas há muitos espetadores a aguardarem o concerto dos norte-americanos LMFAO, a avaliar pela avalanche de camisolas com o nome da banda estampado e o vestuário semelhante ao do grupo.
Muitos dos espetadores são adolescentes e crianças à espera da pop eletrónica de "Party Rock".