A FAO explica que a tendência de queda no número de pessoas com fome está a abrandar, algo que está relacionado, por exemplo, com a crise e com a especulação sobre matérias primas.
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A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) calcula que haja quase 870 milhões de pessoas que passam fome, menos 55 milhões que em 2010, na sequência de uma tendência de quebra que está a abrandar.
Num relatório sobre os anos de 2010 a 2012, a FAO refere que a crise, a subida do preço dos alimentos, a especulação sobre matérias primas e as alterações climáticas estão a provocar o abrandamento da queda do número de pessoas com fome.
O sul e o leste da Ásia e a África subsariana são as regiões onde há mais pessoas com fome, sendo que apenas 18 milhões de pessoas com fome vivem em países desenvolvidos.
Apesar de considerar que os esforços dos últimos 20 anos no combate à fome são positivos, a ONU entende que os números atuais ainda são «inaceitáveis».
O relatório da FAO que foi apresentado esta terça-feira em Roma fala em grandes desigualdades entre várias regiões e entre países ricos e pobres.