
Parque Nacional da Gerês (arquivo)
Global Imagens/Paulo Jorge Guimarães
A Quercus diz que as chamas estão a destruir espécies protegidas e o que o facto está a ser desvalorizado pela Proteção Civil.
Corpo do artigo
A associação ambientalista Quercus alertou hoje que o incêndio que deflagra deste a manhã desta terça-feira, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, está a afetar «habitats prioritários» e apelou ao reforço dos meios de combate para evitar a propagação das chamas a «áreas mais sensíveis».
Em comunicado, a Quercus refere que o incêndio está a afetar «bosques de teixo, mas também azevinho e azereiro, com elevada diversidade biológica do Sítio de Importância Comunitária das Serras de Peneda-Gerês».
A Proteção Civil classifica este sinistro como um incêndio em mato, numa zona sem importância ambiental mas João Branco, da organização ambientalista, ouvido pela TSF, diz que tal não é verdade.
A combater este incêndio estavam, às 23h50, apenas 5 operacionais. Contactada pela TSF, a Proteção Civil explica que isso se deve ao facto das chamas deflagrarem numa escarpa inacessível a meios terrestres e que os bombeiros têm de ser colocados no local por um helicóptero, uma operação impossível de realizar durante a noite.
O comando distrital de Braga explicou à TSF que estes 5 homens vão fazer o que puderem durante a noite e que os meios serão reforçados de manhã.
Mas João Branco diz que a Proteção Civil, mesmo conhecendo essa restrição, devia lá ter colocado mais homens durante o dia. O alarme para este incêndio soou pelas 06h30 de terça-feira.