A Quercus discorda da proposta do Ministério do Ambiente de colocar metas de reciclagem diferentes para os sistemas de resíduos urbanos, considerando-a injusta.
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Com o Plano Estratégico de Residuos Sólidos Urbanos hoje apresentado pelo Governo, as empresas de tratamento de lixo que tenham aterros vão ter que passar a cumprir metas de reciclagem na ordem dos 80 por cento.
Já empresas como a Valorsul de Lisboa ou a Lipor do Porto, como têm incineradores, passam a ter uma meta de reciclagem na casa dos 40 por cento.
Ouvido pela TSF, Rui Berkemeier, coordenador do grupo de Resíduos da Quercus, criticou este plano, considerando-o injusto.
Com os aterros existentes quase esgotados, este novo novo plano aposta na Redução, Reutilização e Reciclagem para se lidar com o lixo doméstico.
Por outro lado, a partilha de infraestruturas de tratamento também é assumida neste documento que aponta críticas aos sistemas que não trabalham o suficiente.
Rui Berkemeier dá o exemplo da VALNOR do Alentejo Norte, que consegue chegar aos 60 por cento de reciclagem por oposição à ERSUC de Coimbra que não ultrapassa os 30 por cento de resíduos reciclados.
Entretanto, oss últimos dados da Agência Europeia de Ambiente mostram que os portugueses reciclam apenas 19 por cento do lixo que produzem, muito longe das metas europeias.