A Quercus pede o fecho da central nuclear de Almaraz, que já ultrapassou o seu prazo de vida, e a requalificação das minas em Portugal
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A Quercus pede o fecho da central nuclear espanhola de Almaraz não só por se localizar a apenas 100 quilómetros da fronteira portuguesa como também por ter atingido o prazo normal de funcionamento de 25 anos em 2010.
Ouvido pela TSF, o presidente da Quercus explicou que o governo espanhol decidiu aumentar em dez anos o prazo de uma central «em mais do que final de vida», onde existem «resíduos activos depositados junto» a esta infraestrutura.
«Já tem havido alguns incidentes nesta central nuclear e pelo facto de ter o rio Tejo para fazer a sua refrigeração da central, Portugal fica certamente muito exposto a um eventual acidente que possa acontecer dado que temos toda a raia alentejana e da Beira Baixa muito próxima», explicou Nuno Sequeira.
Na véspera do dia em passam 25 anos sobre o acidente nuclear de Chernobyl, o responsável por esta organização ambientalista defende ainda a requalificação das minas em Portugal, uma vez que existem pelo menos 40 explorações abandonadas, das quais só duas receberam algum tipo de intervenção.
«Temos um problema muito grave no centro do país em que as minas estão a céu aberto sem nenhum tipo de protecção ou tratamento e a continuar a contaminar a água e os solos», adiantou.
Por este motivo, Nuno Sequeira entende que «é impensável voltar a falar de uma nova exploração de urânio em Portugal sem antes requalificar o passivo ambiental gravíssimo que existe».