Dez anos depois de terem visitado Portugal, os Radiohead fecharam, esta madrugada, o palco principal da edição deste Verão do Optimus Alive, numa viagem musical sem concessões ao passado.
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A banda britânica foi generosa no empenho e no tamanho do reencontro com os fãs que se juntaram no passeio Marítimo de Algés.
Pouco saudosistas e sem concessões em relação ao passado foi como os ingleses Radiohead se apresentaram no domingo no festival Optimus Alive, admitindo, perante 55 mil pessoas, que dez anos foi uma longa ausência.
Houve músicas para quase todos os públicos dos Radiohead, do passado e do presente, dos adolescentes que estavam nas primeiras filas e dos adultos das últimas.
Banda conhecida pelo desempenho em palco, os Radiohead focaram-se nas músicas mais recentes. Assim era esperado, tendo em conta o que têm tocado noutros países.
Guardaram para os "encores" uma curta viagem ao passado, com "Paranoid Android" ou "Street Spirit". Quase tudo o resto foi feito com as subtilezas da guitarra de Johnny Greenwood, de ritmos rendilhados das duas baterias, da excelente forma física da voz de Thom Yorke e de canções como "Bloom", "Lotus Flower" e "15 Step".
Nos três dias do festival estiveram cerca de 155 mil pessoas, segundo a organização.
Durante o concerto dos Radiohead, as alternativas musicais eram nulas, porque fez-se silêncio em todos os outros palcos. Algumas centenas de pessoas aproveitaram para jantar, beber umas cervejas e pôr a conversa em dia, mas sempre ao som do grupo, já que era audível em todo o recinto.