
Protesto de reformados no Porto
TSF/Raquel de Melo Pereira
Três dezenas de reformados, pensionistas e idosos protestaram hoje no Porto contra os cortes «cegos» nas pensões, prestações sociais e medicamentos que dizem ser um «assalto» e um «roubo» aos seus direitos.
Corpo do artigo
«Não há ninguém que não esteja revoltado, mas nós reformados muito mais pelos roubos que estes governos nos andam a fazer», afirmou António Stockler, membro do Movimento Inter-Reformados da União de Sindicatos do Porto da CGTP que promoveu a ação de sensibilização na Praça da Trindade, Porto.
Os reformados dizem estar a ser alvo de uma «política de terrorismo social, com roubos e mais roubos aos seus rendimentos, às suas reformas e pensões e profundo retrocesso no direito à saúde», lê-se no panfleto distribuído.
O documento assinala que estão a ser «negados direitos constitucionais» aos reformados, pensionistas e idosos que «estão a ficar cada vez mais pobres».
«Não exigimos muito, exigimos reformas dignas para termos dignidade na nossa vida», frisou António Stockler, criticando as atuais «reformas miseráveis» sem aumentos e as taxas moderadoras na saúde que considerou serem «roubos moderados».
Para o representante do movimento, «este governo é composto por ladrões» que «andam a vender o país aos pedacinhos» e a «roubar».
Também João Lopes, reformado de 60 anos de idade, se juntou à ação de luta «contra o roubo que o governo quer fazer ainda mais aos reformados».
Já Cecília Lima, reformada, juntou-se ao protesto para «lutar» pelos seus direitos e embora ainda não tenha sido alvo de cortes, admite estar «com medo» que tal possa acontecer.
Os participantes na concentração quiseram também «sensibilizar a população» quanto à ideia que dizem ser errada de que os funcionários públicos «são uns privilegiados na vida».