«Floresta de Haia com vista para o palácio Huis ten Bosch», pintado por Joris van der Haagen vai deixar de pertencer ao monarca da Holanda. Uma investigação concluiu que a pintura foi espoliada pelos nazis.
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O rei Guilherme Alexandre decidiu abdicar de uma obra de arte. O quadro «O bosque de Haia», de Joris van der Haagen, vai voltar para as mãos da família a quem foi roubado pelos nazis, conta o jornal El Mundo.
O quadro foi comprado pela avó do rei, a rainha Juliana, mas Guilherme Alexandre acaba de descobrir que a pintura foi roubada pelos alemães durante a II Guerra Mundial a um colecionador judeu.
A rainha Juliana I adquiriu a obra a um comerciante holandês, sem conhecer a sua origem, apuraram os investigadores.
«Floresta de Haia com vista para o palácio Huis ten Bosch» é uma obra do artista Joris van der Haagen, um dos pintores da era dourada da pintura holandesa do século 17.
Uma investigação liderada pelos historiadores de arte da família real holandesa descobriu agora que durante a ocupação nazi na Holanda, em 1942, a pintura foi roubada a um colecionador judeu, tal como aconteceu com milhares de obras de arte que eram pertença de judeus.
O rei Guilherme Alexandre pediu aos investigadores para analisarem algumas obras de arte que pertencem à família real da Holanda e que tinha uma origem duvidosa. Quando teve conhecimento deste episódio, o monarca decidiu de imediato devolver o quadro aos legítimos herdeiros.
Para além deste quadro, os investigadores consideram que uma outra obra pertenceu a um colecionador judeu, mas neste caso, foi vendida antes da ocupação nazi, logo não pode ser considerado um "roubo", concluíram.