O relâmpago do Catatumbo, fenómeno meteorológico que ocorre no lago venezuelano de Maracaibo, entrou oficialmente para o livro Guinness de recordes por registar «a maior média mundial de relâmpagos por quilómetro quadrado do ano».
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A oficialização do recorde teve lugar terça-feira, durante uma cerimónia realizada no Parque Urdaneta, no estado de Zúlia, a oeste de Caracas, pelo Guinness World Records, organismo que considerou o fenómeno como um dos «mais impressionantes» do mundo.
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De acordo com Ralph Hannah, representante para a América Latina da organização, o ciclo de tempestades associadas ao relâmpago do Catatumbo é visível, em média, entre 140 e 160 noites por ano, e prolonga-se por mais de 10 horas por dia.
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A Venezuela registou uma média de 250 relâmpagos por quilómetro quadrado por ano, superando o relâmpago de Kifuka, na República Democrática do Congo, que passou ao segundo lugar, com uma média de 152 relâmpagos por quilómetro quadrado por ano.
Erik Quiroga, criador do Dia Mundial da Capa de Ozono e investigador do relâmpago do Catatumbo, explicou que aquele fenómeno ocorre no lado sul do lago Maracaibo.
Conhecido também como o Farol de Maracaibo, o relâmpago do Catatumbo, é o único farol natural do planeta. A sua imponente luz originou várias lendas e tem sido motivo de inspiração dos venezuelanos na composição de músicas e poesias.
A intensidade pode atingir 400.000 amperes e abrange uma área de 400 quilómetros, caracterizando-se por ser um evento de tempestades que se deslocam entre o sul e o centro do Lago de Maracaibo.
Frequentemente, os pescadores de zonas próximas organizam passeios em canoa que partem de vários rios até ao lago de Maracaibo, com o objetivo de ver mais de perto aquele fenómeno.