A maré negra provocada pelo naufrágio de uma plataforma no Golfo do México é pelo menos três vezes maior do que se previa inicialmente.
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«De acordo com as últimas imagens de satélites que recebemos, o tamanho do derrame é três vezes maior» que o estimado anteriormente, disse Hans Graber, pesquisador da Universidade de Miami, com base em imagens de satélites.
Em 29 de Abril, a mancha tinha nove mil quilómetros quadrados, três vezes mais que o observado na medição do dia 26 de Abril, quando alcançava cerca de 2,6 mil quilómetros quadrados.
O pesquisador, citado pela agência AFP, explicou que as novas imagens não permitem observar a totalidade da superfície ocupada pelo petróleo. «Como a mancha cresce a todo o instante, o esperado é que seja ainda maior do que a actual estimativa», alertou.
Os esforços no Golfo do México concentram-se em manter a maré negra afastada da costa do Louisiana, mas os ventos e a ondulação fortes previstos para a região ameaçam frustrar esses esforços, o que pode agravar a catástrofe ecológica, não apenas naquele estado, mas também na Florida e no Alabama.
Em causa estão dezenas de espécies animais, como golfinhos, tartarugas marítimas, peixes e caranguejos, naquela que é uma das costas mais ricas dos Estados Unidos também na variedade de espécies de aves aquáticas.
Teme-se ainda que a maré negra chegue à região do Delta do Mississipi. pondo em causa a biodiversidade daquele rio, e que as manchas poluam as praias e afectem as pescas, actividades cruciais para a economia local.
O presidente norte-americano, Barack Obama, vai visitar este domingo a região do Golfo do México, onde a guarda nacional e centenas de barcos continuam a lutar para manter a maré negra afastada da costa do estado do Louisiana.