Os satélites espiões dos EUA não detetaram qualquer explosão aérea na altura em que o controlo aéreo perdeu o contacto com o Boeing 777, da Malaysia Airlines, desaparecido no sábado, afirmaram responsáveis norte-americanos na quarta-feira.
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No passado, o Governo norte-americano já utilizou a sua rede de satélites para detetar fontes de calor nascidas de explosões de aviões no céu, mas neste caso não foi detetado nada, revelaram estes responsáveis, sob anonimato, confirmando uma informação avançada pela televisão NBC News.
Sem informação dos satélites, os navios norte-americanos enviados para a região para ajudar nas buscas não foram dirigidos para uma zona específica, especificou um daqueles responsáveis: «Se tivéssemos observado qualquer coisa [por satélite], os nossos barcos teriam sido enviados para esse sítio».
O historiador Jeffrey Richelson, autor de "America's Space Sentinels" ("Os Sentinelas do Espaço Americanos"), o sistema norte-americano de satélites com infravermelhos detetou a explosão que precedeu o desaparecimento do voo TWA 800 no Oceano Atlântico em 1996, pouco depois da descolagem do aeroporto JFK, em Nova Iorque.
Estes satélites, destinados inicialmente à deteção de eventuais lançamentos de mísseis soviéticos, tinham detetado também uma colisão de dois aviões por cima do Grande Canyon, a queda de uma avião de combate furtivo e a colisão de dois aviões militares, dos EUA e da Alemanha, ao largo de África, em 1997, pormenorizou em mensagem de correio eletrónica dirigida à agência noticiosa AFP.
A China anunciou, na quarta-feira, que um dos seus satélites tinha detetado três grandes "objetos flutuantes" numa zona marítima onde o Boeing poderia ter desaparecido.
Entradas no quinto dia, as buscas do avião do voo MH370 foram alargadas ao Mar de Andaman, na costa ocidental da Malásia, longe da trajetória que o aparelho deveria ter seguido para a ligação Kuala Lumpur-Pequim com 239 pessoas a bordo.