Nos últimos dois meses cerca de 30 pessoas já receberam assistência nos hospitais devido ao consumo de novas drogas à venda nas smartshops. Os números são da DGS.
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No espaço de dois meses, a Direção Geral de Saúde (DGS) diz que cerca de 30 pessoas foram atendidas nos hospitais com problemas relacionados com o consumo de novas drogas conhecidas também como novas substâncias psicoativas.
Depois de quatro mortes registadas na Madeira, a DGS pediu aos hospitais para que dessem conta de todos os casos atendidos nas urgências.
A notificação começou no início de Outubro e indica 23 ocorrências de casos graves, 13 internamentos e dois em coma.
O secretário de Estado da Saúde detalha um período concreto, entre 8 de outubro e 17 de novembro, ou seja, foi isto que aconteceu num mês e uma semana.
João Goulão, diretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), alerta que o grande problema, é que, porque são novas, estas drogas envolvem riscos acrescidos.
«O pessoal de saúde também sabe muito pouco acerca destas substâncias, sabemos exatamente o que fazer no caso de uma overdose de heroína ou de um abuso de cocaína. Estamos habituados, com estas novas o desconhecimento é muito grande», explica.
Por isso, diz o SICAD e também o Ministério da Saúde, o mais é importante informar a população sobre os riscos que estão ligados a estes consumos. Ataques de pânico, crises de taquicardia e surtos psicóticos já levaram muita gente aos hospitais.
Álvaro de Carvalho, responsável pela área da saúde mental na DGS, diz à TSF que na sequência das respostas que a Direção Geral de Saúde recebeu dos hospitais sobre os atendimentos a doentes que tinham consumido estas substâncias, as autoridades regionais de saúde vão promover um inquérito epidemiológico para apurar responsabilidades.