No Dia do Livro, o lamento dos editores que nunca venderam tão pouco como no ano passado e da Sociedade Portuguesa de Autores que sublinha as dificuldades até de escritores de referência.
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Em tempo de crise, as editoras portuguesas cortaram no número de edições e na quantidade de exemplares impressos de cada obra.
João Alvim, presidente da Associação Portuguesa de Editores Livreiros (APEL) diz que nunca como no ano passado o setor tinha registado um negócio tão fraco: menos 6% livros vendidos e as receitas de vendas desceram 9%.
O panorama também inquieta a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) que pede ao Governo um plano de emergência. José Jorge Letria, em declarações à TSF, não acredita que o atual Executivo possa concretizar este estímulo, ainda assim sublinha o mérito que poderia ter uma intervenção de emergência do Estado.
O presidente da SPA diz ainda que atualmente há muitos autores consagrados que não conseguem fazer chegar ao público o que escrevem.
Sem avançar nomes, José Jorge Letria diz à TSF que é clara uma quebra nas edições, na ordem dos 20%. Os autores da moda continuam em alta, mas aqueles que estiveram há mais tempo no topo têm muitas dificuldades.