O grupo de percussão Tocá Rufar, cujas instalações e instrumentos foram destruídos por um incêndio a 1 de Março, inaugura no domingo uma nova sede, mas continua sem espaço para ensaiar.
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Na sequência do incêndio, a câmara municipal do Seixal cedeu ao grupo um edifício no centro histórico da cidade para que os serviços administrativos da associação pudessem continuar a funcionar. Os ensaios prosseguem na rua.
Para Rui Júnior, fundador e coordenador do projecti, esta foi «uma tábua de salvação muito importante»: «A parte administrativa é uma parte fundamental. E passado menos de duas semanas já tínhamos as chaves para podermos começar a trabalhar».
O espaço, acrescentou, «tem dois andares e sótão por cima, e oito salas de trabalho, já equipadas com mobiliário».
Quanto aos ensaios, acontecem, por agora, «que há primavera e verão pela frente», na rua, aos sábados, perto da baía do Seixal. Depois não se sabe.
«O incêndio foi provocado por umas obras de reparação que o construtor estava a fazer no telhado de um dos armazéns contíguos ao nosso. E ainda temos resolver esta questão com a seguradora e lutar pela indemnização que nos é devida», explicou o músico.
No incêndio ficaram destruídos cerca de dois mil bombos. O coordenador estima os prejuízos totais em cerca de um milhão de euros.
Rui Júnior criou os Tocá Rufar em 1996 a partir de um convite para a Expo'98, mas desde então o protejo alargou-se para uma componente de divulgação da percussão portuguesa, sobretudo do bombo.