Na semana em que a TSF comemora 25 anos, a redação recebeu a visita da agência Lusa.
Corpo do artigo
O diretor da TSF, Paulo Baldaia, considera que «a TSF foi a rádio que mudou o modo de fazer informação em Portugal», numa entrevista a pretexto dos 25 anos da estação, sobre os desafios colocados à «única rádio privada de informação na Europa».
Quando nasceu a TSF, «não havia rádios locais, não havia televisões privadas, os jornais, na sua maioria, ainda eram do Estado, portanto, havia muito para fazer e era preciso coragem para fazer diferente. Quem fez a TSF teve essa coragem», diz com orgulho o atual diretor.
«O nosso slogan dos 20 anos foi "a rádio que mudou a rádio", mas, na verdade, e com pretensiosismo o digo, a TSF foi a «rádio que mudou o modo de fazer informação em Portugal», concretiza Paulo Baldaia.
O jornalista diz que «a TSF ainda tem muito do que levou à sua nascença», mas admite que o maior desafio atual é «manter a qualidade de informação, conseguindo também viabilizar financeiramente» o órgão de comunicação social que dirige.
«Não há projetos editoriais independentes se não houver projetos editoriais que sejam rentáveis, no mínimo, que sejam capazes de gerar receita para pagar a despesa que têm. Esse é hoje o grande desafio, quer porque os tempos mudaram, e a concorrência é enorme, quer por que vivemos uma crise já há vários anos», diz.
Paulo Baldaia é, não obstante, «muito otimista» quanto ao «negócio rádio». «A rádio já morreu várias vezes e continua cá», afirma o diretor da TSF. O facto é que, em tempos de crise, o meio rádio é aquele que «melhor se aguenta».
O diretor da TSF espera «chegar ao final do ano com o máximo de pessoas possível e o sentimento de dever cumprido», porque de uma coisa tem a certeza: «2013 será um ano muito duro para toda a gente».
«Em número de pessoas, não tenho dúvida nenhuma, seria ótimo poder chegar ao final do ano e ter o mesmo número de pessoas que tenho hoje a trabalhar aqui», afirmou.
«Se quisesse fazer a rádio ideal, precisava de mais gente», afirma o diretor da TSF, mas essa não é a sua expectativa, pelo contrário. Este ano será «muito difícil», sublinha. «Este ano e o próximo, e os que vêm, porque isto não começou agora», acrescenta Paulo Baldaia.
A TSF vai comemorar os seus 25 anos ao longo do ano com um conjunto de concertos gratuitos, que se iniciam no dia 1 de março no Pátio da Galé em Lisboa.
Outra das iniciativas passa pela "internacionalização" das conferências TSF, que saem do país para os outros sete países da lusofonia, depois de no dia 28 concentrarem, também no Pátio de Galé, vários autarcas em torno do tema "Portugal, a soma das partes".