Sete mulheres voltaram a desafiar a lei brasileira e fizeram hoje "topless" na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, enquanto outras usaram uma blusa com fotos de seios à mostra, para protestar contra o machismo.
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O ato, denominado "Topless in Rio", que é também o nome de um movimento, foi realizado para chamar atenção para a falta de liberdade das mulheres, e reuniu cerca de 20 pessoas, segundo a imprensa brasileira.
No Brasil, a proibição do "topless" não está explícita no código penal, mas essa prática, em público, é considerada como um ato obsceno e classificada como crime.
A regra surpreende turistas que estão acostumadas à prática nos seus países e que conhecem o Brasil por via de um imaginário mais liberal, sobretudo devido a imagens do período do Carnaval, que contrasta com uma realidade legislativa mais conservadora.
Grupos feministas questionam o fato de o "topless" ser proibido nas praias, mas estar presente na televisão e nos cinemas, em novelas e filmes, e nos desfiles das escolas de samba, durante o Carnaval, por exemplo.
Citada pelo jornal O Estado de São Paulo, a organizadora do protesto, a produtora cultural Ana Paula Nogueira, afirmou que foi organizado para «questionar e desnudar as hipocrisias».