
Global Imagens
O relatório da missão da UNESCO ao Douro conclui que a Barragem de Foz Tua é compatível com a manutenção do Alto Douro Vinhateiro na lista do Património mundial.
Parte do relatório foi revelada hoje pelo ministério do Ambiente que avança com citações do parcer da agência das Nações Unidas para a cultura.
Uma dessas citações diz que o «projeto revisto, é compatível com a manutenção do Alto Douro Vinhateiro na lista do Património Mundial».
As peritas que visitaram a região dizem que a barragem da Foz do Tua tem um «impacto visual reduzido no Alto Douro Vinhateiro».
O relatório "aplaude" a nova opção da EDP em construir a central hidroelétrica enterrada, uma solução da autoria do arquiteto Souto Moura e que é considerada tecnicamente «adequada».
Além da central debaixo de terra, será ainda feito um pequeno reajuste do ângulo da própria barragem que pretende diminuir o impacto visual do paredão.
Por último, o relatório da UNESCO felicita o Governo pelo abrandamento da obra o que permitiu estes estudos e estas conclusões.
Contactado pela TSF, o Movimento de Defesa da Linha do Tua declara-se chocado com o parecer da UNESCO. Daniel Conde, do movimento, acusa a UNESCO de ter «dois pesos e duas medidas».
Também a associação ambientalista Quercus lamentou à Lusa o relatório da UNESCO, considerando que agora «já não há nenhum entrave ao empreendimento».
Já o presidente da Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua, Artur Cascarejo, disse à Lusa ter ficado satisfeito com a conclusão do relatório da UNESCO, porque corresponde ao que «sempre» defendeu, nomeadamente «que é possível compatibilizar a barragem e o Alto Douro Vinhateiro (ADV)».
De igual modo, António Martinho, presidente da Turismo do Douro, ficou satisfeito com o facto de a barragem não atrapalhar a classificação do Património porque é um fator de «atração».