Um grupo de estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa está a tentar aplicar o que lhes é ensinado no bairro do 2 de Maio, no Alto da Ajuda. A ideia é juntar o saber dos estudantes com a vontade dos habitantes.
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Vários estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa estão a tentar aplicar o que aprendem nas aulas num projeto no bairro 2 de maio, que fica a pouco mais de 300 metros da instituição de ensino que frequentam.
Ocupado um dia depois da primeira vez em que se comemorou pela primeira vez o 1º de Maio em liberdade, o bairro agora está degradado, apesar da existência de um plano municipal para o local.
Na antiga comissão do moradores do bairro, será instalada uma oficina de trabalhos, uma «zona de apoio para as pessoas que sabem fazer alguma coisa ou as querem aprender em termos de trabalhos manuais, bricolage o poderem fazer».
Rui Miranda critica a Faculdade de Arquitetura considera que o facto de a instituição de ensino nunca ter olhado, até agora, para o bairro localizado mesmo ali ao lado é um «exemplo da má prática à frente da escola».
«Não está a ser trabalhado. Não está a ser alvo do olhar da academia que tem aqui um bom exemplo para os seus alunos aprenderem como se faz e aplicar várias coisas em vários pontos», acrescentou.
Rui Miranda garantiu que os estudantes, que começaram há dois anos e que têm financiamento da câmara para este projeto até ao final de 2013, não vão abandonar o bairro e lembrou que quem lá vive apenas «quer apenas um bairro melhor».
«A nossa abordagem será mais a de pô-las a participar no processo criativo e de auscultar a população para ver o que necessitam e o que não necessitam. O objetivo é integrar as pessoas para que se identifiquem com os trabalhos de requalificação e alterações do espaço», concluiu.