
A Plataforma Anti-Portagens na Via do Infante pede a Cavaco Silva que não dê luz verde a estas portagens, argumentando que não quer privilégios, mas um tratamento diferente.
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Um apelo ao Presidente em forma de carta: a Plataforma anti-portagens na Via do Infante garante não querer ter um tratamento privilegiado em relação a outras regiões do País.
Mas o que está em causa, diz esta plataforma que integra vários movimentos, é tratar de modo diferente o que é diferente.
José Vitorino, ex-presidente da câmara de Faro, que integra a plataforma contra as portagens, apela a um conceito que é caro ao Presidente da República: a equidade.
«A equidade é tratar igual o que é igual, a situação do Algarve é diferente de outras zonas do país, porque mais de metade da via foi paga com fundos comunitários e é perigossísima, quando há vento e chuva, ficamos cercados», explica.
Invocando a periferia da região, o facto da Estrada Nacional 125 não ser alternativa e nem sequer ter obras feitas, a Plataforma anti-portagens fala ainda na questão do desemprego no Algarve que atinge níveis mais elevados do que no resto do País.
José Domingos, outra voz do Movimento, lembra a situação das empresas, aqui e em Espanha.
«Isto é uma ligação à Espanha, os espanhóis estão revoltados com esta situação, porque as estradas em Espanha também foram feitas com dinheiros comunitários. Vai ser a morte do Algarve», defende.
Os argumentos apelando a Belém para que tenha um outro olhar sobre a Via do Infante e não promulgue o documento.