Centenas de venezuelanos prestaram hoje, em Caracas, a última homenagem à antiga miss Mónica Spear Mootz e ao seu marido, assassinados a tiro segunda-feira por homens armados que assaltaram a viatura em que circulavam.
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O enterro, que foi precedido por uma missa católica, foi ainda acompanhado por milhares de cidadãos, entre eles luso-descendentes, que nos últimos dias estiveram atentos às televisões para saber os pormenores e novidades sobre os assassinatos.
«Estive no cemitério, era tanta gente que foi impossível aproximar-me das urnas, apenas podiam passar grupos de 12 pessoas. Ainda que pareça uma coisa que só acontecem nos filmes, os assassinatos fazem parte do dia a dia venezuelano», explicou o luso-descendente Jhonny da Silva à agência Lusa.
Este luso-descendente manifestou ter sabido, «com algum agrado, que os autores destes assassinatos foram presos», mas mostrou-se «contrariado» porque «no país acontecem anualmente milhares de assassinatos que são tidos apenas como números estatísticos, notícias de jornais que horas depois já ninguém lembra».
A polícia venezuelana confirmou terça-feira que Mónica Spear Mootz, que estava de visita à Venezuela, foi assassinada depois de atacada por um grupo de homens armados, após o automóvel em que seguia ter avariado na estrada que liga Valência a Puerto Cabello.
Os assaltantes mataram também o marido de Mónica Mootz, o empresário, Thomas Henry Berry, de 49 anos e nacionalidade irlandesa.
No ataque ficou ainda ferida a filha do casal, de apenas cinco anos, que segundo a imprensa venezuelana desconhece que os pais foram assassinados.
Segundo as autoridades foram detidas sete pessoas, suspeitas de estar envolvidas no duplo assassinato, entre eles, dois adolescentes e uma mulher. Os suspeitos faziam parte de um grupo criminoso conhecido como "Os sanguinários" e entre eles está o alegado autor dos disparos.