A denúncia é de um dos passageiros que contou à TSF, depois de aterrar em Maputo, a série de problemas que marcaram toda a viagem. A TAP reconhece que a assistência aos passageiros foi demorada.
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[Notícia atualizada às 11h21]
A duração de voo de Lisboa para Maputo é de cerca de 11 horas. Mas foram precisas 53 horas para que Pedro Silva, um português que vive em Maputo, chegar a Moçambique.
Em declarações à TSF, Pedro Silva queixa-se da forma como a TAP tratou os passageiros depois de uma série de problemas que começou logo em Lisboa.
O avião, que partiu na terça-feira de manhã do aeroporto da Portela, teve problemas na descolagem e depois foi impedido de aterrar em Maputo. Acabou por ser desviado para o aeroporto de Joanesburgo, cidade sul africana em que os passageiros tiveram de ficar durante várias horas.
«O avião tentou fazer-se à pista, mas teve uma avaria no motor nº 3. Estivemos duas horas retidos dentro do avião. Ao aterrar em Maputo não havia condições porque havia muito nevoeiro e demos início a um levamentamento brusco para Joanesburgo. Não tínhamos uma pessoa sequer da TAP para nos atender, dar informações. Com malas, bagagens, crianças, tivemos cinco horas e meia à espera que alguém viesse ter connosco», relatou Pedro Silva.
Depois de serem levados para um hotel perto do aeroporto às 6h00, os passageiros foram avisados que deviam estar no aeroporto às 14h30 para fazer o check-in. O voo ficou marcado para as 22h40, mas Pedro Silva conta que só entraram no avião às 00h40.
Nessa altura, foi identificada uma nova avaria no motor nº 4 que obrigou a uma nova espera de mais três horas, gerando «pânico a bordo, frupos que queriam sair [do avião] porque já não tinham confiança no avião, tinham medo que caísse».
Pedro Silva diz que os vários passageiros vão agora apresentar queixa contra a transportadora aérea e um abaixo assinado. O grupo de passageiros diz que também vai criar um grupo no Facebook para revelar vídeos e fotografias da viagem de 53 horas entre Lisboa e Maputo.
A TSF contactou a TAP esta manhã que reconhece que foi impossível aterrar em Maputo devido ao nevoeiro e admite que a assistência aos passageiros foi demorada em Joanesburgo, uma cidade onde habitualmente a TAP não opera.
A TAP, apesar de admitir o grande incómodo, diz que o atraso foi menor e refere 36 horas.