Na noite em que recebe o prémio Quercus, o antigo presidente da associação manifestou, à TSF, a sua preocupação com os riscos que a austeridade pode representar para as politicas de protecção do ambiente em Portugal.
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O professor catedrático de Filosofia, que presidiu na década de 90 à Quercus, diz recear não tanto pelo que há-de de ficar por fazer, mas pela possível falta de meios das entidades que cuidam do ambiente e da preservação da natureza.
«Penso que o principal perigo [da austeridade] reside não tanto em investimentos que não tenham as devidas salvaguardas, porque neste momento investimento é uma palavra que não existe no nosso vocabulário, mas o risco é de baixar a guarda na vigilância», alertou o ambientalista.
«Ou seja, descapitalizar as administrações das aéreas protegidas, considerar esse domínio como secundário, o que pode ser um factor da degradação» dessas aéreas.
Esta noite, Viriato Soromenho Marques vai ser distinguido com um prémio da Associação Nacional de Conservação da Natureza , que assinala 26 anos de existência esta segunda-feira.
Também premiado, esta noite, será o Parque Biológico de Vila Nova de Gaia.