É uma exposição que tem causado polémica. Na Noruega, dois artistas decidiram recriar um jardim zoológico humano que aconteceu em 1914. Cem anos depois os participantes são voluntários e de várias partes do mundo ao contrário dos originais que eram todos africanos e forçados a estar em exposição durante vários meses.
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Lars Cuzner é sueco e Mohamed Ali Fadlabi é sudanês. Vivem em Oslo e os dois decidiram recriar a aldeia congolesa visitada por dois terços da população norueguesa no início do século passado.
Na altura a ideia era mostrar os africanos como animais primitivos e pouco civilizados que precisavam de ser liderados pelos europeus para sobreviverem.
Os dois defendem que o debate é urgente. Mohamed explica que os argumentos pró e contra o racismo são cada vez mais idênticos. Por sua vez, Lars Cuzner diz que vivemos numa época em que é mais fácil fechar os olhos aos problemas raciais.
Os dois afirmam que o que se tem passado na Europa mostra os riscos que existem e estão satisfeitos por a polémica em torno da exposição estar a permitir o debate.
A exposição vai manter-se em Oslo até final de agosto.