A tradicional Procissão do Senhor dos Passos, que se realiza no domingo, em Lisboa, faz este ano o percurso original entre a Igreja de S. Roque e a Igreja da Graça, o que não acontece há 25 anos.
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Esta procissão existe desde 1587 e realiza-se sempre no segundo domingo da Quaresma, disse o procurador da Irmandade dos Passos da Graça à agência Lusa.
Segundo Francisco de Mendia, a última vez que a procissão teve o percurso original foi em 1987, pelos 400 anos da irmandade.
«Anualmente faz um percurso mais curto na Graça porque não temos grandes recursos e precisamos de uma massa humana muito grande só para pôr a procissão na rua», explicou.
Francisco de Mendia disse que são necessárias as 60 pessoas só para transportarem os andores, o pendão, o pálio e a lanterna e outros tantos para os substituírem a meio do percurso.
«Nos últimos três anos entraram cerca de 100 pessoas para a irmandade. Houve uma renovação muito grande» e isso contribuiu também para se optar pelo percurso original, afirmou.
«Com a atual situação, achámos que faria todo o sentido fazer a procissão grande este ano», frisou o procurador da irmandade, acrescentando que o objetivo é «torná-la mais regular».
A procissão vai sair no domingo às 14:30 da igreja de S. Roque e prevê-se que chegue à igreja da Graça às 18:00, sendo presidida pelo Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás.
Vão estar presentes na procissão várias ordens militares, como a Ordem de Malta e a Ordem do Santo Sepulcro, e várias ordens dos Passos do país.
As ordens de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e de Santa Isabel também vão estar presentes.
Na procissão, o Senhor dos Passos vai ter ainda direito a honras militares.