O Ministério Público deu luz verde ao envio da auditoria da Caixa ao Parlamento.
O CDS vai propor a criação de uma nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. A informação surge depois de o Ministério Público ter anunciado que não se opõe ao envio do relatório da auditoria do banco público ao Parlamento.
"Vamos propor a realização de uma nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósito porque entendemos que é o instrumento certo para tratar este tipo de informação", explicou à TSF o deputado centrista João Almeida.
Em reação à posição do Ministério Público e do CDS, o Bloco de Esquerda garante só viabilizará uma nova comissão de inquérito ao banco público caso se justifique, como explicou a deputada Mariana Mortágua.
"Analisaremos a proposta do CDS, caso contrário temos de perceber quais são as condições em que esta auditoria pode ou não pode ser enviada à AR", sublinhou a deputada.
Na mesma linha, está o PSD. Ouvido também pela TSF, o deputado Duarte Pacheco defende que a auditoria deve ser analisada antes de se avançar com uma Comissão de Inquérito.
"A PGR tomou a decisão que para nós é a decisão correta, a da transparência. E isso significa que, chegando ela ao Parlamento, deverá analisada pelos deputados e constatar se existe algum facto novo que mereça passar à fase seguinte, que é a comissão de inquérito", vincou o deputado social-democrata.
A Caixa Geral de Depósitos já pediu à consultora responsável pela auditoria, a EY, que expurgue a informação abrangida pelo sigilo bancário.
A informação é avançada à TSF por fonte oficial do banco público, que acrescenta que o comunicado do Ministério Público(MP) que autoriza a CGD a entregar o documento aos deputados é na verdade uma resposta a um pedido, que não foi tornado público, feito pelo próprio banco nesse sentido.
A mesma fonte avança que o pedido equivalente para o regulador também já tinha seguido caminho antes do comunicado enviado às redações pela Procuradoria-Geral da República.
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