Manifestações, greve às avaliações e aos exames, paralisação nas aulas do 12.º ano ao longo do 3.º período. A Fenprof voltou a admitir, esta quarta-feira, que todos os cenários estão em cima da mesa no braço de ferro entre o Governo e os professores.
"Eu não estou a dizer que é o que vamos fazer, estou a dizer aquilo que os colegas nos têm dito e aquilo que iremos consultar: não haver aulas no 12º ano ao longo do 3º período ou durante um largo período do 3º período, de não haver avaliações aos exames - e desta vez não é até determinado momento, é sempre porque o ano letivo termina e a legislatura acaba."
O aviso foi feito, esta quarta-feira, pelo secretário-geral da Fenprof, no final de uma audiência com o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda.
Mário Nogueira critica o Governo por recusar negociar a recuperação do tempo total de serviço que esteve congelado e admite todas as formas de luta e por isso, reitera: "Tudo está em cima da mesa. É o que for necessário porque este Governo não pode ir-se embora e deixar a casa desarrumada tal como a tem neste momento. Tem que a arrumar e sobretudo, tem que cumprir a lei."
As organizações sindicais vão consultar todos os professores, para saber "até onde estão dispostos a ir", caso não haja sinal de negociação por parte do Governo.
Na próxima semana, os professores concentram-se em frente ao Conselho de Ministros e à Assembleia da República.
No protesto de dia 21, será anunciada a data de uma grande manifestação de professores a ser realizada em março.
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