Economia

"Milhares de páginas." Deputados adiam audições na comissão da Caixa

Sede da Caixa Geral de Depósitos Direitos Reservados

A documentação chegou, mas é tanta que os deputados dos vários partidos decidiram que não tinham tempo para a analisar em condições. Solução: adiar início das audições.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco de Portugal (BdP) já enviaram ao parlamento a documentação pedida pela comissão de inquérito ao banco público, mas a informação é tão vasta que os deputados decidiram que o mais sensato seria, para terem tempo para a analisar, adiar por uma semana o início das audições já previstas para a próxima semana.

"São milhares de páginas", explicou à TSF o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco (CPIGD), Luís Leite Ramos.

Na quinta-feira os deputados, que ainda não tinham recebido qualquer documento, decidiram que se a informação não chegasse até à hora de almoço desta sexta-feira, teriam de adiar as audições já marcadas da consultora EY, e de Carlos Costa e Vítor Constâncio, respetivamente governador e ex-governador do Banco de Portugal.

A decisão a que agora chegam hoje é a mesma - não por falta, mas por excesso de documentação.

Os deputados terão agora de marcar novas datas para as audições que deveriam acontecer nos próximos dias 12, 13 e 14. O mais provável é que a comissão tente replicar, na semana seguinte, a lógica já prevista: uma audição por dia entre terça-feira e quinta-feira.