Quase metade das coimas são aplicadas a brasileiros.
Numa altura em que nunca existiram tantos estrangeiros a viver em Portugal, também estão a aumentar muito, a um ritmo ainda mais elevado, os casos de permanência ilegal no país, com grande parte a envolver cidadãos de nacionalidade brasileira.
O último relatório do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) revela que as multas passadas por permanência ilegal mais que duplicaram: 28.451 em 2018 contra as 13.465 de 2017, uma subida de 111,3%.
Também os casos de falta de declaração de entrada no país aumentaram muito (+81,7% que em 2017).
Se olharmos para todos os tipos de processos de contraordenação, ao todo foram abertos, no último ano, 43.860 processos (+58,4%).
Por permanência ilegal em Portugal destaca-se a nacionalidade brasileira (13.675 multas) que fica claramente à frente das outras nacionalidades mais visadas neste tipo de violação da lei: a nepalesa (2.881), a indiana (2.840), a cabo-verdiana (1.412) e a bengali (1.185).
Na falta de renovação atempada da autorização de residência os brasileiros voltam a destacar-se (1.179), seguidos dos cabo-verdianos (510), angolanos (369), chineses (229) e guineenses (161).
O relatório de 2018 do SEF revela que nunca existiram tantos estrangeiros a viver em Portugal.
No final do último ano eram 480.300 os cidadãos estrangeiros com autorização de residência (+13,9% que em 2017).
Com um em cada cinco estrangeiros, os brasileiros são a maior comunidade imigrante.