A última vez que os dragões tinham vencido em Moreira de Cónegos para o campeonato foi em 2015.
Cinco anos depois, o FC Porto voltou a vencer em Moreira de Cónegos para o campeonato. Os dragões bateram, esta sexta-feira, o Moreirense por 4-2, com golos de Soares, Telles (de grande penalidade), Luis Díaz e Corona. Fábio Abreu e João Aurélio marcaram para a equipa comandada por Ricardo Soares.
Este é um estádio tradicionalmente difícil para o FC Porto e o Moreirense fez questão de o relembrar aos dragões desde cedo. Marega (sim, Marega) tirou a bola a Nakajima no meio-campo e deixou-a à mercê de Luís Machado.
O português conduziu pelo centro, deu à direita para Fábio Abreu e o angolano, depois de serpentear pela defesa azul e branca, atirou com fé para o primeiro golo. A bola ameaçou sair, mas foi bater no poste e aninhou-se mesmo nas redes. Cinco minutos, 1-0.
Nem três minutos depois, o Moreirense voltou a introduzir a bola na baliza, por Iago. Um canto batido a partir da esquerda foi parar às mãos de Marchesín, mas o argentino acabou por não segurar a bola e Iago acabou por introduzir a bola na baliza. Ainda assim, e porque houve contacto dentro da pequena área, Artur Soares Dias assinalou falta.
Passado o susto, os dragões conseguiram entrar no jogo, sobretudo pela batuta de Nakajima. Os pés do japonês iam encontrando o caminho pelo corredor central, em especial quando jogava em apoio com Alex Telles.
A meia hora de jogo confirmou que havia muito mais FC Porto em jogo, mas desta vez vinha pelo lado direito. Corona faz gato-sapato do corredor esquerdo da defesa do Moreirense e tira um cruzamento para o segundo poste onde, de rompante, surge Tiquinho Soares a cabecear. O empate chegava aos 32'.
Cinco minutos depois chegou a possibilidade do FC Porto promover a reviravolta. Corona, numa jogada de insistência, colocou a cabeça na bola e, depois dela, encontrou o pé de Abdu Conté. Artur Soares Dias teve dúvidas, foi ver as imagens e apontou para a marca dos 11 metros.
Daí, Alex Telles - que estreou um novo penteado - mandou a bola para um lado e o guarda-redes para outro. A reviravolta estava feita aos 39'... mas foi sol de pouca dura.
Desta vez, foi a bola quem fez todo o trabalho. João Aurélio cruza tenso a partir da direita e ninguém - absolutamente ninguém - lhe toca. Marchesín fica a ver a bola passar e esta só parou quando entrou na baliza.2-2 aos 44' e intervalo pouco depois. O Moreirense foi apenas a terceira equipa a marcar dois golos ao FC Porto nesta edição do campeonato.
O regresso dos balneários não trouxe alterações aos 22 que começaram o jogo. Entrou melhor o FC Porto, que desde cedo construiu jogadas que conseguiam chegar à baliza, ainda que acabassem nas mãos de Passinato. Sérgio Conceição não gostava do que via - até porque o Moreirense conseguiu voltar a ficar confortável no jogo - e optou por lançar Luis Díaz para o lugar de Uribe.
Se a segunda parte estava a ser um deserto de ideias, foi precisamente a aposta de Sérgio Conceição para a segunda parte quem as trouxe.
Marega cabeceia na marca da grande penalidade e a bola vai parar ao poste esquerdo da baliza de Passinato, onde surge Luis Díaz a finalizar... com o joelho.
Ricardo Soares, treinador do Moreirense, quis responder na mesma moeda e lançou no jogo dois avançados: Texeira e Nenê. Conceição respondeu com a saída de Nakajima para a entrada de Manafá, subindo Corona no terreno. E compensou de imediato.
Luis Díaz serpenteou pela esquerda e encontrou Corona do outro lado. Recebeu a bola com um toque na vertical que foi, na realidade, uma má receção e aproveitou para soltar um vólei de levantar o estádio e fez mesmo o 4-2 aos 85'.
Antes do final da partida, Corona ainda viu o segundo amarelo e acabou por ser expulso, falhando o jogo da Taça de Portugal com o Varzim. Com esta vitória, o FC Porto continua no segundo lugar da Liga, com 41 pontos, menos quatro do que o líder Benfica.
Onze do Moreirense: Passinato, João Aurélio, Rosic, Iago, Abdu Conté, Fábio Pacheco, Filipe Soares, Alex Soares, Pedro Nuno, Fábio Abreu, Luís Machado
Onze do FC Porto: Marchesín, Corona, Diogo Leite, Mbemba, Alex Telles, Danilo, Uribe, Otávio, Nakajima, Soares e Marega
O jogo com foi dirigido por Artur Soares Soares, com Rui Licínio e Paulo Soares como assistentes. Vasco Santos foi o VAR, com o auxílio de Tiago Leandro.