Na zona centro a taxa de letalidade é de 5,1%. Já a zona de Lisboa regista uma taxa inferior à nacional, que ronda os 2%.
A resposta não é simples e é preciso mais tempo para poder estudá-la, mas a Diretora-Geral da Saúde avança com três possíveis justificações para a taxa de letalidade por Covid-19 na zona norte, centro e no Algarve ser superior à nacional e na zona de Lisboa ser inferior à do resto do país.
Graça Freitas explica que as diferenças poderão ser explicadas, por exemplo, pela estrutura etária ou demográfica de uma determinada região, pela sua densidade populacional ou, ainda, pela concentração, numa determinada região, de certo tipo de populações, por exemplo, uma zona que tenha maior número de lares tem maior probabilidade de registar uma taxa de letalidade mais elevada, visto que os idosos são um grupo de risco.
A DGS quer, por isso, estudar a padronização das taxas para detetar os fatores que justificam disparidades como o facto de a zona centro registar esta quarta-feira uma taxa de letalidade de 5,1%, enquanto a zona de Lisboa regista uma taxa inferior à nacional, que ronda os 2%.
No mesmo plano, na terça-feira, o Presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, confrontado com a taxa de letalidade (na altura de 4,9%), defendia que, apesar de não existirem estudos para fazer conclusões lineares, "o mau funcionamento do ministério da Saúde na distribuição de material pelo país tem alguma expressão nesses valores".
Para o autarca é necessário que haja "presença do Estado e do Ministério da Saúde de forma equilibrada em todo o país".
Estão confirmadas 380 mortes devido à Covid-19 em Portugal, mais 35 nas últimas 24 horas. Há ainda 699 novos casos de contágio, elevando para 13141 o número de pessoas infetadas pela doença, segundo o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Até ao momento, 196 pessoas conseguiram recuperar, mais 12 do que as contabilizadas no último balanço.