Sociedade

Porto com mais casos de Covid-19 do que Lisboa. DGS justifica com viagens a Itália

Graça Freitas, em conferência de imprensa António Pedro Santos/Lusa

No caso do Norte, evidencia a diretora-geral da saúde, deu-se a "coincidência" de ter ocorrido "uma grande concentração de casos importados".

Há "diferentes focos" no país e o número de contágios no Norte deve-se à quantidade de casos importados, de acordo com as autoridades de saúde.

Graça Freitas explica que o novo coronavírus se tem "organizado por focos, não é uniforme em todo o país", pelo que há graus de risco variados.

No caso do Norte, evidencia a diretora-geral da saúde, deu-se a "coincidência" de ter ocorrido "uma grande concentração de casos importados". Muitas cadeias de transmissão secundárias foram introduzidas nesta região do país, e que eram originárias da Lombardia, já que muitos empresários se deslocaram ao Norte de Itália numa altura crítica.

Os dados da DGS precisam que o concelho do Porto é o que regista o maior número de casos de infeção pelo novo coronavírus (959), seguido de Lisboa (946 casos).

Diferenças do número de concelhos e dos casos registados no boletim

Graça Freitas refere que a DGS só pode reportar os casos que lhe forem "transmitidos". A principal fonte dos dados do boletim epidemiológico diz respeito a declarações médicas inscritas numa plataforma digital.

A segunda fonte é o reporte laboratorial inserido em base de dados.

O registo dos óbitos provém de outra fonte: certificados de óbito, que constam de uma plataforma. Há ainda fontes utilizadas especificamente para os casos de internamento: direções regionais e hospitais.

Graça Freitas responde assim quando questionada à ausência de casos relativos a Manteigas no boletim epidemiológico, apesar de haver relatos de que já teriam sido detetados cinco casos. A diretora-geral da saúde acrescenta que, quanto aos concelhos, o primeiro local de residência é a primeira referência oficial para o SNS. Mas há um fator de correção, que se deve a deslocações do local de residência. Mas "as diferenças não são assim tão substanciais", defende a responsável da autoridade sanitária. Graça Freitas refere que este boletim já terá uma nota metodológica, que explica esta variação.

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