O documento é assinado, entre outros, pelo antigo Presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, pelo ex-comissário europeu Carlos Moedas e por Maria João Rodrigues, presidente da Fundação Europeia de Estudos Progressistas e antiga eurodeputada.
Mais de trinta personalidades assinam esta quinta-feira uma carta em forma de incentivo aos líderes europeus. O documento é divulgado pelo jornal Público, no dia em que a cimeira europeia se dedica a estudar respostas à pandemia de Covid-19. Académicos, antigos chefes de Estado, líderes de Governo, eurodeputados e governantes alinham a voz para pedir uma Europa do amanhã, que seja uma das grandes civilizações do século XXI.
Os subscritores desta carta aberta apelam aos líderes europeus para que tenham coragem para falar a uma só voz e ajudar os países mais afetados pela pandemia. O documento é assinado, entre outros, pelo antigo Presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, pelo ex-comissário europeu Carlos Moedas e por Maria João Rodrigues, presidente da Fundação Europeia de Estudos Progressistas e antiga eurodeputada.
O conjunto de personalidades de vários setores defende que a resposta a esta crise depende de novas ideias e decisões fortes. Por isso, sugerem a criação, em último recurso, de um Tesouro europeu para gerir as necessidades de empréstimo dos Estados, e consideram que o quadro plurianual 2021-20127 deveria ser revisto e tornar-se um instrumento mais poderoso de solidariedade, adaptado à situação de emergência atual.
O centro de coordenação de resposta de emergência tem de estar 100% operacional - é o que também comentam os subscritores da carta, que pedem ainda uma investigação médica mais coordenada a nível europeu.
Só com união, referem, será possível sair desta crise, que é global. Sobre o pós-pandemia e as cicatrizes que ficam pela morte de milhares de pessoas, os subscritores apelam a que se desenhe um sistema social e económico mais justo, mais sustentável e resiliente. O documento apresenta, por isso, a proposta de fixar um calendário para a criação de uma união fiscal e de dar à Europa uma dimensão política completa.