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Porta-voz de Putin hospitalizado após teste à Covid-19 positivo

Vladimir Putin Epa/Alexey Nikolsky / Sputnik

Dmitri Peskov não surgia nas conferências de imprensa diárias desde 6 de maio.

O porta-voz da presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, anunciou esta terça-feira estar infetado pelo novo coronavírus, tendo informado que se encontra hospitalizado a receber cuidados médicos.

"Sim, estou doente. Estou a ser tratado", declarou o porta-voz do Presidente russo, Vladimir Putin, citado pelas agências russas TASS, Interfax e Ria Novosti, sem fornecer mais informações.

Questionado ainda sobre quando tinha sido a última vez que esteve com o Presidente russo, Dmitri Peskov respondeu que tinha sido "há mais de um mês"

Dmitri Peskov, elemento muito próximo de Putin, não surgia nas conferências de imprensa quase diárias do Kremlin desde 06 de maio.

Antes de Dmitri Peskov, o primeiro-ministro russo, Mikhail Michoustine, e os ministros das pastas da Construção, Habitação e Serviços Públicos e da Cultura, Vladimir Iakouchev e Olga Lioubimova, respetivamente, já tinham sido diagnosticados com a doença covid-19.

O anúncio de Dmitri Peskov acontece um dia depois de Putin ter afirmado que, apesar do perigo ainda se manter, a Rússia estava a conseguir retardar a progressão dos contágios e que o país ia começar a aliviar gradualmente o confinamento, em vigor desde finais de março.

"A partir de amanhã, 12 de maio, termina o período de encerramento da economia em vigor em todo o país e em todos os setores da economia. Mas a luta contra a epidemia [do novo coronavírus] não acaba. O perigo continua", disse, na segunda-feira, Vladimir Putin num discurso ao país transmitido pela televisão.

Com mais de 232 mil casos de infeção pelo novo coronavírus confirmados, segundo os dados mais recentes, a Rússia tornou-se nos últimos dias num dos principais focos da doença covid-19 na Europa.

Horas antes de Putin ter falado ao país, as autoridades de saúde russas tinham anunciado o registo diário de mais de 11.600 novos casos da doença covid-19.

O país registou, até à data, 2.116 mortes associadas à covid-19.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France Presse (AFP), a pandemia da doença covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Por regiões, a Europa soma mais de 157.700 mortos, em mais de 1,7 milhões de casos.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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