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O "triplo choque". Um em cada seis jovens perdeu o trabalho com a pandemia

O relatório salientou que o desemprego jovem era já mais elevado do que a de qualquer outro grupo EPA

A Organização Internacional do Trabalho diz que jovens são o grupo mais afetado pela nova crise económica.

A crise provocada pela Covid-19 está a afetar de forma mais dura os jovens. O balanço é da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que fala num triplo choque para os mais novos.

Em primeiro lugar por causa da destruição do emprego dos jovens. Em segundo, quem procura trabalho enfrenta grandes e novos obstáculos devido à crise económica provocada pela pandemia. E, finalmente, quem está em formação tem os planos de estudo perturbados.

Segundo a OIT um em cada seis jovens deixou de trabalhar desde o início da pandemia e os que continuam a ter emprego viram o horário de trabalho cair, em média, 23 por cento.

Para além de habitualmente mais atingidos pelo trabalho precário, há hoje 267 milhões de jovens no mundo que não estão nem a trabalhar, nem a estudar, nem em qualquer tipo de formação.

A Organização Internacional do Trabalho diz que para lá de jovens, grupo onde a crise económica está a ter impactos mais duros e rápidos, se os trabalhadores forem mulheres a situação é ainda mais complicada.

O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, refere, em comunicado, que "a crise económica Covid-19 está a atingir os jovens - especialmente as mulheres - de forma mais dura e rápida do que qualquer outro grupo. Se não tomarmos medidas fortes e depressa para melhorar a sua situação, o legado do vírus poderá permanecer entre nós durante décadas".

A organização teme que o desperdício do "talento e energia" dos jovens prejudique "todo o nosso futuro", tornando "muito mais difícil reconstruir uma economia melhor, pós-Covid".

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