A DGS realça que tem havido um aumento generalizado entre os mais jovens, mas também na faixa etária compreendida entre os 50 e os 69 anos, o que demonstra a preponderância do padrão de transmissão familiar.
"Não se encontrou nenhuma relação entre o número de casos e a abertura das escolas." Foi assim que Graça Freitas rejeitou, na habitual conferência de imprensa de segunda-feira, a relação entre a tendência crescente de novos contágios e a abertura do ano letivo com aulas presenciais.
Questionada sobre a caracterização de novos casos por idade e cadeias de transmissão, Graça Freitas refere que tem havido um aumento da proporção de novos casos entre os 50 e 69 anos e também nos mais novos, o que "faz sentido", salienta a diretora-geral da saúde, já que, apesar do "predomínio" nas faixas mais jovens, mantém-se um padrão de transmissão "eminentemente familiar e comunitário".
Até esta segunda-feira, contabiliza a responsável da autoridade de saúde, foi possível em 59% dos casos identificar os contactos de transmissão.
Foi ainda mitigado o período entre a data dos primeiros sintomas e da deteção, passando para os três dias, o que é um "dado bastante positivo", já que evita a transmissão durante vários dias em que a doença pode estar oculta, assinala Graça Freitas.
Estabelecimentos de ensino superior devem sensibilizar os jovens
Do número global de infeções, 18% são detetadas em jovens. A Direção-Geral da Saúde está a fazer um esforço junto dos estabelecimentos de ensino superior para que sensibilizem a faixa etária dos 20 aos 29 anos, garante Graça Freitas, que assinala ainda: as festas de início do ano letivo têm sido sinónimo de surtos em várias universidades.
A diretora-geral da saúde referiu ainda o aumento do número de visitantes nos lares de idosos. Graça Freitas lembra que não pode haver visitas em simultâneo e que cada medida fica pendente das condições das unidades.
"Se houver um surto, ficam temporariamente suspensas as visitas. Por outro lado, se a atividade do vírus for intensa na região, as autoridades também podem suspender as visitas", aponta.
Até ao momento são aceites mais de uma visita por semana a utentes dos lares.