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Economias da zona euro e UE com subidas recorde em cadeia no 3.º trimestre

Bordéus, França AFP

Na zona euro, o PIB avançou 12,7% entre julho e setembro.

As economias da zona euro e da União Europeia (UE) registaram no terceiro trimestre as maiores subidas em cadeia da série, tendo crescido, respetivamente, 12,7% e 12,1% face aos três meses anteriores, estima o Eurostat.

Na zona euro, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 12,7% entre julho e setembro, depois de ter recuado 11,8% entre abril e junho, o maior crescimento desde o início das séries cronológicas, em 1995.

Na variação homóloga, no entanto, o PIB da zona euro caiu 4,2%, um abrandamento face ao recuo de 14,8% do trimestre anterior

Na UE, a subida de 12,15% do PIB no terceiro trimestre, face ao recuo de 11,4% no anterior, é também a maior desde o início da série temporal.

Na comparação homóloga, o PIB dos 27 Estados-membros recuou 3,9%, que se compara com o de 13,9% registado entre abril e junho.

O gabinete estatístico europeu alerta, no entanto, que esta estimativa se baseia em fontes de dados incompletos que serão objeto de revisão.

PIB espanhol recupera 16,7% no 3.º trimestre face ao anterior mas queda anual é de 8,7%

A economia espanhola cresceu 16,7% no terceiro trimestre face ao anterior, com o regresso da atividade económica após meses de confinamento que provocaram uma queda histórica no segundo trimestre de 17,8%, segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol.

Em termos anuais, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 8,7% em relação ao terceiro trimestre de 2019, embora a taxa seja 12,8 pontos percentuais inferior à contração de 21,5% do trimestre anterior.

Em cadeia, a procura interna (consumo e investimento) contribuiu com 15 pontos percentuais para o crescimento durante o terceiro trimestre, enquanto a procura externa (exportações e importações) contribuiu com 1,7 pontos.

Todos os setores de atividade registaram crescimentos trimestrais significativos, exceto a agricultura, que cresceu apenas em 0,2%, visto ter sido uma das atividades que se manteve durante o confinamento.

A indústria cresceu 27,4% no trimestre, a construção 22,5% e os serviços 15%, embora com um aumento significativo de 42,5% para os subsetores do comércio, transportes e hotelaria, algumas das atividades mais afetadas no segundo trimestre.

Fazendo a comparação com um ano antes, apenas a agricultura cresceu (5%), enquanto o resto dos setores continuaram a diminuir, com decréscimos de 3,6% para a indústria, 11% para a construção e 9,8% para os serviços, onde houve uma contração de 22% no comércio, transportes e hotelaria.

Economia francesa cresce no 3.º trimestre mas longe dos números habituais

A economia francesa cresceu 18,2% no terceiro trimestre, após o colapso na primavera, devido ao primeiro confinamento para conter a pandemia de Covid-19, permanecendo no entanto a um nível muito mais baixo que antes da crise.

O Instituto Nacional de Estatística (Insee) francês, que publicou as suas primeiras estimativas para o período de julho a setembro, indicou que neste trimestre o produto interno bruto (PIB) foi 4,3% mais baixo do que no mesmo período em 2019.

Todos os setores contribuíram para o salto do PIB no terceiro trimestre, em comparação com os três meses anteriores, em particular o consumo privado, que aumentou 17,3% e esteve próximo do volume destes três meses do ano passado (menos 2,1%).

Em termos de comércio externo, as exportações aumentaram 23,2%, após uma queda de 25,7%, e as importações subiram 16%, após uma queda de 17,1%.

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