Na quinta-feira, Pedro Siza Vieira tinha já revelado que o Governo entende ser ainda necessário lançar apoios à economia, mas avançou que as novas iniciativas seriam reveladas após o Conselho de Ministros. Tal não aconteceu, ficando a revelação reservada para a próxima semana.
Na comunicação ao país desta tarde, após o Conselho de Ministros, António Costa revelou que o anúncio de novas medidas de apoio à Economia só será feito pelo ministro Siza Vieira "na próxima semana".
Na quinta-feira, Pedro Siza Vieira tinha já revelado que o Governo entende ser ainda necessário lançar apoios à economia, porque a situação não vai normalizar para já, apesar dos anúncios do desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19. O Executivo prepara-se, assim, lançar um novo pacote de iniciativas, que terão "grande visibilidade" no primeiro semestre de 2021.
Para fazer face à preocupação das empresas, quanto à possibilidade de prolongar medidas de apoio ao emprego, sem agravamento dos custos para as entidades empregadoras e sem agravamento das despesas para empresas pequenas, a Tutela está a avaliar uma nova geração de apoios a fundo perdido nas rendas comerciais, como confirmou o ministro da Economia há dois dias.
O Governo admite haver empresas que não podem ser incluídas no programa Apoiar.pt, pelo que quer chegar ao maior número de empresas, até porque "todos os apoios vão ser insuficientes", referiu Siza Vieira, em nome da Tutela.
O Executivo tencionava prolongar o lay-off até setembro do próximo ano, mas as empresas pediram clarificação e que não haja interrupção da medida no início do ano. Siza Vieira encara estas iniciativas como fundamentais na preservação do emprego, e salienta que os números do IEFP relativos ao mês de outubro vêm provar esta lógica.
O ministro admitiu que as empresas solicitaram ainda uma intervenção para os encargos das rendas, com apoio a fundo perdido, tal como foi feito com os salários. É para essa opção que o Executivo se inclina, mas essa possibilidade seria discutida e revelada em contexto de Conselho de Ministros, o que não aconteceu para já.