Economia

"Uma mão cheia de nada." Hotéis do Algarve receiam que alívio de restrições no fim de ano não traga turistas

"Devia ter-se levado em consideração a concessão de restrições menos exigentes" Leonardo Negrão/Global Imagens

A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve defende que a impossibilidade de transitar de concelhos durante a passagem de ano não é suficiente para levar mais turistas para o Algarve, e prevê antecipa "efeitos muito negativos na economia".

Os hoteleiros do Algarve não ficaram descansados com o alívio de algumas restrições para a passagem de ano, anunciado no sábado pelo primeiro-ministro. António Costa adiantou, após o Conselho de Ministros e num discurso dirigido aos portugueses, que na noite de 31 de dezembro será possível permanecer na via pública até às 02h00 da madrugada, mas sem possibilidade de circulação entre concelhos.

Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, esperava um alívio maior das restrições, que permitisse as deslocações de turistas até ao Algarve. "Admito que possam vir algumas pessoas para o Algarve durante o fim de ano, mas isso, comparativamente àquilo que é tradicional e é habitual em anos anteriores, é uma mão cheia de nada", considerou, em declarações à TSF.

O representante do setor do turismo não acredita que "essas medidas ou o aligeirar dessas medidas durante um dia ou dois sejam suficientes para que os hotéis levem em consideração uma procura excecional, como é hábito neste período".

"Devia ter-se levado em consideração a concessão de restrições menos exigentes, para que as pessoas pudessem usufruir de um período de festas tradicional", alerta Elidérico Viegas, que antecipa "efeitos muito negativos na economia", sobretudo numa região "muito afetada pela crise" e que caminha para um "desastre económico e social sem precedentes".

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